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Filha única de Maria Bonita e Lampião processa rede de moteis

Foto: Reprodução.
Outdoor com slogan publicitário, foi o motivo do processo contra o uso indevido do nome dos pais da denunciante. Ação corre desde 2011 e aguarda decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ).

Entenda o caso- O processo envolvendo a aposentada Expedita Ferreira Nunes, 89 anos, filha única de Maria Bonita e Lampião e uma rede hoteleira pernambucana foi parar no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A herdeira do casal alegou abuso de imagem e acusou a empresa de veicular um anúncio com os nomes de seus pais sem autorização.
O motel veiculou um anúncio em outdoor instalado em Caruaru, Pernambuco, em 2011 que dizia "Maria Bonita, acenda Lampião", e no mesmo ano, a Expedita iniciou o processo no Tribunal de Justiça de Sergipe (TJ-SE), pedindo indenização e retirada do comercial.
   
Inicialmente, a rede hoteleira foi condenada a pagar 15 mil reais de indenização. Foi interposto recurso e o valor foi reduzido para 8.000 reais. A empresa recorreu novamente, e o caso foi finalmente para o STJ. O relator do caso, ministro Marcos Bouzi, negou provimento ao recurso. Mas ainda não há veredicto final, pois o ministro Raul Araújo pediu vista no processo. Uma nova data para o julgamento do caso deve ser marcada.
Maria Gomes de Oliveira (Maria Bonita) e Virgulino Ferreira da Silva (Lampião), são dois dos personagens mais marcantes da cultura nordestina do Brasil. Integrantes do Cangaço, eles tiveram uma vida atribulada em meio à violência existente no sertão.

A história de Maria Bonita
(por: Maysa Vilela - Feedclub)

Natural da cidade de Paulo Afonso, na Bahia, Maria Gomes de Oliveira, mais conhecida como Maria Bonita, possuía uma vida atípica para a época. Aos 15 anos era casada com um primo sapateiro e já se sentia frustrada com a realidade que vivia.
Símbolo de poder e resistência, Maria Bonita entrou para a história após trocar a vida comum de uma dona de casa para se entregar por noves anos ao cangaço ao lado de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião – ou como é mais conhecido: Rei do Cangaço –, com quem casou-se posteriormente.
Foi a primeira mulher a ingressar no bando Passou a vida dedicada ao Cangaço apoiando ações, investidas e fugas sempre ao lado do marido.
Maria Bonita não resistiu após ser baleada de forma impiedosa no abdômen por policiais no esconderijo do bando, localizado no sertão de Sergipe, e faleceu em 28 de julho de 1938.
Seu marido, Lampião, e outros nove cangaceiros também foram dizimados durante o ataque surpresa.