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| Foto: Unsplash. |
Os cientistas descobriram inesperadamente que um novo tipo de célula imune demonstrou destruir a maioria dos cânceres, anunciando um grande avanço no tratamento da doença.
Quando pesquisadores da Universidade de Cardiff (Reino Unido) analisaram o sangue de um banco galês à procura de células imunes que pudessem combater bactérias, eles descobriram um tipo totalmente novo de célula T (de defesa) no sangue.
De acordo com informações publicadas na revista Nature Immunology, as novas células carregam um receptor, nunca antes visto, que age como um gancho reconhecendo e destruindo a maioria dos cânceres humanos, poupando as células saudáveis.
Em estudos de laboratório, as células imunes equipadas com o novo receptor demonstraram destruir cânceres de pulmão, pele, sangue, cólon, mama, osso, próstata, ovário, rim e colo do útero.
Andrew Sewell, principal autor do estudo, disse que a descoberta foi acidental e ninguém sabia da existência de tais células, o que agora levanta a perspectiva de uma terapia universal contra o câncer - até então consideradas impossíveis.
O pesquisador ressalta ainda que a célula imune pode ser bastante rara ou pode ser que muitas pessoas tenham esse receptor, mas, por alguma razão, ele não é ativado, porém, este fenômeno ainda é desconhecido pelos pesquisadores.
O que até o momento se sabe é que a nova célula se liga a uma molécula de células cancerígenas chamada MR1, que não varia em humanos. Ou seja, o tratamento funcionaria para a maioria dos cânceres e poderia ainda ser compartilhado entre as pessoas, aumentando a possibilidade de criação de bancos de células imunes especiais para tratamentos no futuro.
A descoberta não foi testada ainda em pacientes, mas pesquisadores sustentam que tem um "enorme potencial".
